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Consumindo o futuro

Há poucos dias, o caderno Mais! publicou, entre as "Cartas para as Futuras Gerações" que a Unesco encomendou a personalidades mundiais, um texto de Nadine Gordimer intitulado "A Face Humana da Globalização". Nele, a questão do consumo encontra-se no cerne das preocupações da escritora sul-africana e de sua argumentação. É que, em seu entender, a globalização só seria efetivamente global se o desequilíbrio do consumo fosse…

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A solução final capitalista

Há dez anos, o poeta e dramaturgo alemão Heiner Müller deixou claro, numa entrevista, que não via Auschwitz como um desvio ou exceção, mas sim como altar do capitalismo, último estágio das Luzes e modelo de base da sociedade tecnológica. Auschwitz seria o altar do capitalismo porque ali o homem é sacrificado em nome do progresso tecnológico, porque o critério da máxima racionalidade reduz o homem…

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O cinema utópico de Lars von Trier

Escrever logo após uma primeira visão de "Dançando no Escuro" é escrever em estado de choque. Um filme que, ao terminar, deixa o espectador sem fala, suscita mais do que a análise e, antes dela, a tentativa de ordenar e consolidar o que aconteceu e o que se percebeu, para saber por que o impacto é tamanho. São muitas as entradas possíveis no filme de Lars…

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O ser digital e a virada cibernética

Fredric Jameson tem insistentemente afirmado a ocorrência, desde os anos 60, de uma "virada cultural" que expressa o modo como a lógica do capitalismo avançado sobrepõe economia e cultura, fazendo com que tudo se torne cultural, inclusive a produção de mercadorias e a alta finança especulativa, ao mesmo tempo em que a cultura se torna profundamente econômica e mercantilizada1. Mas caberia perguntar se a "virada cibernética" configurada…

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A identidade da marca

Em 1990, o filósofo Gilles Deleuze escreveu em "Post-Scriptum Sobre as Sociedades de Controle": "Trata-se de um capitalismo de sobreprodução. Não compra mais matéria-prima e já não vende produtos acabados: compra produtos acabados ou monta peças destacadas. O que ele quer vender são serviços e o que quer comprar são ações. Já não é um capitalismo dirigido para a produção, mas para o produto, isto é,…

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A tecnociência no centro da discussão (embora ela não goste) – entrevista

“Considerando a centralidade da tecnociência hoje, não há como trabalhar a sociedade contemporânea se não discutirmos seu papel e o conseqüente impacto das novas tecnologias na sociedade”. A afirmação é do professor Laymert Garcia dos Santos, do Departamento de Sociologia, que acaba de lançar o livro Politizar as novas tecnologias, obra que reúne artigos publicados ao longo dos anos 90. Para abordar o tema central, o…

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Em torno das dificuldades de singularização no Brasil

Não se pode pensar o papel dos meios de comunicação no Brasil exatamente com as mesmas categorias com que os teóricos dos países industrializados pensam o problema. Por uma razão muito simples: porque elas não se aplicam aqui da mesma maneira. Nos Estados Unidos ou na Europa, o ponto de partida é uma pergunta dupla: por um lado, o que os meios produzem para a massa…

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É preciso entender as redes e as ruas – entrevista

“O caso Snowden é o último elo de uma cadeia que vem vindo de várias outras que já entenderam o enorme potencial das redes, de politizar as questões simplesmente pela circulação dos fluxos de informação. Por quê? Porque se o Estado e o mercado podem saber tudo sobre a população, explorando isso do ponto de vista do controle, por outro lado os movimentos também podem.” A…

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Experimentum humanum, risco e economia política

Desde a primeira publicação de “Hegel, Texas”, em 1993[1], Hermínio Martins tem dedicado parcela importante de seu trabalho a uma intensa reflexão de cunho epistemológico, que visa compreender a escatologia contemporânea em suas duas grandes vertentes: o “experimentum mundi tecnológico em curso” e o “experimentum humanum”, isto é o “Grande Experimento”, o “projecto do ‘Experimento-sobre-o-Homem’, pelo Homem”[2]. Tal estudo, expresso ao longo de todos esses anos…

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